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CENTRO CULTURAL DE LOURES - PONTE DO PARQUE DO RIO, ANFITEATRO, PRAÇA E CÂMARA MUNICIPAL

PRAÇA EXTERIOR, PRAÇA COBERTA, CAFÉ-CONCERTO E ACESSO À PONTE DO PARQUE DO RIO

ÁTRIO SUPERIOR - BILHETEIRA / INFORMAÇÕES / LOJA

ÁTRIO INFERIOR - ACESSO MULTIUSOS E ANFITEATRO

VISTA POENTE - TRAVESSA BARBOSA DE REZENDE

PALCO AUDITÓRIO

AUDITÓRIO

RELAÇÃO DO CENTRO CULTURAL DE LOURES COM CENTRO DA CIDADE E AGLOMERADOS URBANOS ENVOLVENTES

VISTA NASCENTE

PLANTA PIS0 -01

PLANTA PISO 00

Centro Cultural de Loures

A proposta de intervenção tem como objetivo a consolidação da unidade de quarteirão que se conforma pela frente edificada da rua dos Bombeiros Voluntários a nascente, da rua da República a sul e da travessa Barbosa de Rezende a poente. A norte esta unidade de quarteirão ficará definida pela Via Urbana Interior e pelo Parque do Rio.
O espaço remanescente interior desta unidade de quarteirão, onde se pretende implantar o futuro Centro Cultural de Loures é, uma antiga unidade agrícola com uma forte identidade neste tecido urbano. O seu interior é marcado pelos diversos logradouros.
O caráter híbrido desta unidade de quarteirão, parte urbano, parte rural é totalmente excecional. É também excecional o fato de se ter mantido não edificada até à atualidade mesmo tendo uma relação de total proximidade com o eixo urbano principal do centro de Loures, a rua da República e com a praça da Liberdade.
A implantação do novo edifício do Centro Cultural de Loures no campo das Tinalhas teve como suporte a ideia de não obstrução da abertura visual existente entre a praça da Liberdade e a grande extensão de Várzea a norte. Deixar esse canal visual totalmente livre foi determinante na consolidação da estratégia de intervenção definindo a implantação do edifício. Uma praça situada no enfiamento visual desta abertura para a paisagem reforça a relação entre o centro de Loures e a Várzea.

O Centro Cultural de Loures, implanta-se a norte como a primeira frente edificada da nova Via Urbana Interior, fomentando a necessidade de permeabilidade entre a cidade e o Parque do Rio.
A escala do edifício do Centro Cultural de Loures – área de implantação e volumetria – face à envolvente próxima – edifícios de 2 a 3 pisos e moradias unifamiliares – é ponto fundamental na proposta.
De modo a estabelecer uma relação de continuidade com os logradouros dos edifícios situados no perímetro da área de intervenção, é proposto um jardim-logradouro que envolve e enquadra o edifício do Centro Cultural de Loures.
Esta relação estreita entre jardim e edifício transforma-se num dos aspetos mais relevantes da proposta. O Centro Cultural de Loures não é só um conjunto edificado como também toda a área envolvente de jardim proposta pelo projeto, incluindo a praça central, o auditório ao ar livre, as áreas de plantações, o tanque de água, e a ponte que liga o centro de Loures ao Parque do Rio e zonas urbanas envolventes.
O conjunto edificado do Centro Cultural de Loures assume o caráter de pavilhão dentro do jardim, e o seu desenho procura esbater os limites entre o novo edifício e o espaço ajardinado proposto que o envolve.
Procura-se neste edifício/pavilhão uma total permeabilidade entre o interior e o exterior. Existe a intenção de promover a transparência, de modo que todas as atividades realizadas no jardim ou no interior do edifício sejam percetíveis de ambos os espaços.
O edifício articula as diferentes cotas do lugar, tirando partido da topografia de modo que o impacto do volume do Auditório e da Torre de Cena seja minimizado face à envolvente próxima.
O acesso à área de intervenção desde a rua da República é realizado por uma pequena praça que funciona como átrio exterior do Centro Cultural de Loures. Entre árvores de fruto, muros e o edifício que se abre à praça, existe o convite a permanecer, a contemplar a Várzea, a entrar ou a atravessar – através do grande logradouro a sul – ou – através da ponte que nos impele para o Parque do Rio e para os aglomerados urbanos próximos. Procura-se recriar um ambiente no Centro Cultural de Loures – quer no edifício e quer no exterior – que estabeleça um contacto direto com as caraterísticas preeminentes do território e paisagem com que se relaciona, onde os cheiros e fragâncias a natureza e a campo são predominantes. Pretende-se potenciar uma especificidade cultural de uma região tornando-a numa imagem de marca do lugar.

Localização Loures Centro
Cliente C.M.L. – Câmara Municipal de Loures
Concurso 2021
Arquitetura José Adrião – Coordenação
Ana Grácio – Chefe de Projeto
André Cruzeiro, Carla Gonçalves, Carlos Jorrim, Carolina Calmon, João Albuquerque Matos, Gonçalo Diniz
Arquitetura Paisagista F|C Arquitectura Paisagista
Especialidades 360 Engenharia

Fotografias existente  NUNO ALMENDRA
Imagens 3D filipe borralho

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