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Parque Urbano Cruz de Montalvão

Concurso: Segundo Classificado

Um parque urbano tem a função primordial de favorecer uma melhoria qualitativa do ambiente de uma cidade, promovendo a diversidade da flora e da fauna, a manutenção das propriedades de drenagem e permeabilidade dos solos, a sua fertilidade, controlo de ruído e fluxos de ar.
Permite também que os cidadãos entrem em contato direto — de um modo acessível e livre — com áreas naturais proporcionando bem estar.
LIGAÇÃO ZONA NORTE – ZONA SUL
Com a construção do novo Parque Urbano da Cruz do Montalvão surge a possibilidade de reintroduzir uma continuidade nos sistemas naturais e a criação de percursos pedonais entre os vários Parques, transformando-o num só. Propõe-se a construção de um viaduto com uma passagem inferior à Avenida do Empresário que tire partido das diferenças de nível existente que permita a passagem dos percursos pedonais, linhas de água e de drenagem e a continuidade do sistema natural (Flora/Fauna) do Parque.
BOSQUE / CLAREIRA
Propõe-se a criação de uma zona arbustiva e arbórea densa em todo o perímetro do novo Parque. Procura-se, com esta zona arbórea, criar uma forte interioridade no Parque e criar um filtro em relação ao sistema de arruamentos viários existentes. A orla arbustiva define de um modo claro quatro clareiras de diferentes dimensões ao longo do Parque, possibilitando a diversidade de ambientes e distintas utilizações programáticas.
CIRCUITO 1.500 METROS
Na transição entre o bosque e as clareiras, propõe-se um circuito contínuo, que percorre todo o Parque e que perfaz no total 1.500 metros de comprimento. Este circuito com 3,5 m de largura permite a partilha do mesmo por peões, ciclistas skate e patins e simultaneamente possibilita a passagem de veículos de emergência e serviços do Parque.Procurou-se que o circuito contínuo tivesse uma unidade de distância facilmente apreensível (1.500 m) de modo a que os utilizadores do Parque tenham — no caso de o utilizarem para atividades de manutenção física – a perceção clara dos
quilómetros percorridos nas suas atividades. Este circuito tem um pavimento contínuo em betão de modo a possibilitar quer atividade de corrida e de caminhada, e também de skate e patins.
ANFITEATRO E PAVILHÕES DO PARQUE
Numa área a uma cota mais alta, voltada a norte e ao Castelo da cidade, implanta-se o Anfiteatro ao Ar Livre do Parque. Este encaixa-se na topografia existente, modelada para o efeito, tirando partido da exposição da plateia ao quadrante norte.
Os Pavilhões do Parque implantam-se na continuidade da banda de edifícios existente a poente do Parque, rematando o tecido urbano incompleto. Propõe-se para esta zona todas as funções edificadas do Parque e que o complementam, libertando toda a área restante (excetuando o Caminho/Circuito) para superfícies permeáveis.
Os Pavilhões do Parque são três edifícios  independentes mas comunicantes entre si. Cada um dos três edifícios tem uma função específica: Pavilhão 01 – Sala Polivalente; Pavilhão 02 – Cafetaria; Pavilhão 03 – Instalações Sanitárias Parque, Camarins Anfiteatro, Arrumos Parque.

 

 

Localização Castelo Branco, Portugal
Projeto 2016
Cliente Câmara Municipal Castelo Branco
Área de Construção 1 391,70 m2
Arquitetura José Adrião – Coordenação
Ana Grácio, Ana Isabel Santos, Carla Gonçalves, João Albuquerque Matos, Ricardo Aboim Inglez, Tiago Mota, Tomás Forjaz
Arquitetura Paisagista Haha Arquitectura Paisagista
Manuel Cordeiro, Mariana Andrade, Nuno Pires Figueiras
Estabilidade Ara – Alves Rodrigues e Associados
Especialidades Pensamento Sustentável
Iluminação Pública Amílcar Cristóvão

39.814470,-7.506551
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